Com 3.788 casos diagnosticados de varíola dos macacos, até este domingo (21), o Brasil superou o Reino Unido e a Alemanha, e agora é o terceiro país com mais doentes confirmados no mundo. Segundo o boletim do Ministério da Saúde, outros 4.175 casos são considerados suspeitos e aguardam resultado do exame RT-PCR para confirmar ou descartar a doença.
Quem lidera são os Estados Unidos, com 14.594 casos, segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), seguidos da Espanha, que até a última quinta (18) já contava 5.792 pacientes que contraíram o vírus.
Esse quadro brasileiro fez a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a aceleração da importação de medicamentos e vacinas contra a varíola ainda sem registro no Brasil, mas já aprovados em outros países.
TESTAGEM INSUFICIENTE
Para o pesquisador e professor universitário Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Brasil precisa ampliar a testagem de casos suspeitos, incluindo a busca de casos em toda a população com sintomas, para poder controlar o contágio do vírus, que foi confirmado em humanos pela primeira vez em 6 de maio, e apareceu no Brasil um mês depois, em 8 de junho.
“Nós fizemos a estimativa no sentido que a gente teria que ter pelo menos uma taxa de positividade de 10%”, explicou ele à TV Globo. Isso significa que, a cada dez testes feitos, apenas um teria resultado positivo. A taxa ideal de 10% adotada por Tanuri segue parâmetros definidos para outras doenças infecciosas, como a dengue.
No entanto, um balanço do laboratório de Tanuri, que coordena a testagem para os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, indicam uma taxa de positividade cinco vezes mais alta, de 49%.
com informações do g1
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