Após ser eleito membro não permanente do órgão por dois anos, o Brasil assume, neste domingo (1º), a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O cargo é rotativo e tem duração de um mês. Mesmo com caráter protocolar, permite que o país líder proponha debates sobre temas que considera prioritários.

O Itamaraty diz que o principal tema é a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais para prevenir, resolver e mediar conflitos. A igualdade de gênero também deve ser posto em debate.

Reformar o Conselho de Segurança da ONU tem sido proposto pelo presidente Lula (PT). Em agosto, o chefe de Estado chegou a afirmar que o órgão faz guerra, e não paz. Durante a Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral da ONU, António Guterres, ecoou o discurso do brasileiro e afirmou que as instituições globais precisam ser reformadas. Além de Lula, outros países em desenvolvimento têm criticado o Conselho, sobretudo por conta da sua incapacidade de resolver a guerra na Ucrânia.

Embora essa reforma seja tema difícil, a presidência brasileira no órgão pode servir para o país se apresentar como candidato a uma possível vaga permanente na instituição. Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU é formado por cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) e com direito a veto e dez membros rotativos, com mandatos de dois anos. Na visão de Lula, mais países latino-americanos e africanos deveriam estar presentes no colegiado.

com informações do iG