Nesta quinta (14), a Federação Nacional dos Petroleiros, que reúne sindicatos de empregados da Petrobras, e o Observatório Social da Petrobras, organização de monitoramento da estatal, farão uma ação para vender botijões de gás de cozinha a R$ 73,00 nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Alagoas.
Batizado de “Dia Nacional do Gás a Preço sem PPI”, o ato faz uma crítica pública do PPI (Preço de Paridade de Importação), a política definida pelo governo para a Petrobras calcular o valor dos combustíveis no Brasil. Na comparação com o último levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor de R$ 73 chega a ser 51% menor do que o preço praticado no mercado.
A metodologia do PPI leva em conta a cotação de referência do combustível no mercado global, o preço do frete para trazê-lo ao Brasil, o seguro da carga e até o Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), tributo cobrado sobre a navegação. O PPI deu sustentação ao mega-aumento anunciado pela companhia no início de março.
PRÉ-SAL
Os R$ 73,00 foram definidos pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), baseado em uma análise da estrutura real de custos da Petrobras, sem o PPI, e mantendo o lucro dos distribuidores, revendedores e da estatal.
“O preço sem PPI é necessário e possível de ser praticado. A atual estrutura de custos da Petrobras permite cobrar valores bem mais em conta para os brasileiros. O pré-sal nos deu grande quantidade de insumos a baixos custos, que podem ser transformados em combustível e GLP, graças ao nosso grande parque de refino”, afirma o economista Eric Gil Dan, do OSP e do Ibeps.
com informações do Valor Econômico
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