Depois de dizer que não pode fazer nada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) faz pressão sobre a Petrobras, com tom elevado de críticas como estratégia para que o general Joaquim Silva e Luna peça para deixar o comando da estatal.
À CNN Brasil, auxiliares de Bolsonaro disseram, em caráter reservado, que o presidente tem feito questão de demonstrar sua insatisfação com a atual gestão da empresa e que, diante do clima beligerante, o melhor seria o próprio Silva e Luna tomar a iniciativa de deixar a presidência.
Bolsonaro indicou o general para o cargo em fevereiro de 2021, mas só em abril o conselho de administração da companhia aprovou o nome de Silva e Luna, dando aval para que ele assumisse o posto. Ele substituiu Roberto Castello Branco.
Uma eventual saída do general teria de seguir o mesmo roteiro, passando pelo conselho da companhia — onde o governo tem maioria. Uma assembleia geral da Petrobras está marcada para 13 de abril, quando será avaliada pelos acionistas da companhia a indicação do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, para presidir o conselho de administração da estatal.
RESUMO DA ÓPERA – Quem nomeia o presidente da Petrobras é o presidente da República, por ser uma empresa ainda vinculada ao governo. Portanto, o chefe do Executivo pode, sim, direcionar qual política a estatal deve conduzir para o bem do País e dos brasileiros. Essa pressão, agora, para que Silva e Luna peça demissão mostra, mais uma vez, o Bolsonaro vacilante e covarde de sempre, que toda vez joga a responsabilidade para terceiros. O país está diante de um presidente que poderia ser considerado aquele personagem popular chamado de “zé mané”.
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