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Bolsonaro furou teto de gastos em R$ 795 bilhões, sem o mercado “chiar” (TEM RESUMO)

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Bolsonaro e Paulo Guedes: maiores furadores do teto de gastos

Um levantamento do economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), feito a pedido da BBC News Brasil, mostra que os gastos do governo Bolsonaro acima do teto somam R$ 794,9 bilhões de 2019 a 2022.

O valor representa a soma de autorizações que a atual gestão obteve no Congresso para gastar acima do limite constitucional e outras manobras que driblaram o teto, como o adiamento do pagamento de precatórios (dívidas do governo reconhecidas judicialmente) e a mudança do cálculo para definir o teto em 2022.

A maior parte foi empregada em 2020, ano em que o Congresso liberou amplamente as despesas devido à pandemia de covid-19. Mas a flexibilização da regra começou já no primeiro ano de governo e continuou após o arrefecimento da pandemia. Neste último ano, os furos no teto se deram em função das medias eleitoreiras para garanir a reeleição de Bolsonaro.

Foram R$ 53,6 bilhões em 2019, R$ 507,9 bilhões em 2020, R$ 117,2 bilhões em 2021 e serão R$ 116,2 bilhões neste ano, segundo os cálculos do economista.

A MENTIRA DO ORÇAMENTO 

Vale lembrar que a equipe de transição de governo constatou que o Orçamento de 2023 de Bolsonaro não garantiu recursos para merenda escolar, Farmácia Popular, creches e o auxílio de R$ 600. O novo governo solicita R$ 198 bilhões para furar o teto, visando garantir o pagamento do Auxílio Brasil (que voltará a ser Bolsa Família) e o bem-estar da população mais pobre. Mas, o mercado considera exagerado, pois defende maior controle das despesas com objetivo de evitar o aumento do endividamento público, atualmente em 77% do PIB (Produto Interno Bruto).

RESUMO DA ÓPERA – Nada como informações concretas para ver duas questões importantes. A primeira é a constatação de como Jair Bolsonaro manipulou informações e mentiu ao prometer coisas que o seu governo sequer colocou recursos no Orçamento. A segunda, é ver como o mercado aplica a máxima “dois pesos, duas medidas” no Brasil. Enquanto Lula se emocionou ao falar que combater a fome e colocar os pobres no Orçamento não se trata de gasto, mas de investimento, os especuladores do mercado chiaram. Passaram 4 anos de Bolsonaro sem criticar os absurdos feitos e, agora, querem impedir uma maior qualidade de vida para a população carente.

com informações da BBC Brasil

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