Pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, a Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas no inquérito da tentativa de golpe de Estado no Brasil. O documento deve ser enviado para o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal).
Depois, é a vez da PGR (Procuradoria-Geral da República) avaliar os indícios levantados pela PF para decidir se denuncia o ex-presidente e os demais indiciados ao STF. Se a denúncia for apresentada e o Supremo aceitar, Bolsonaro e os outros 36 golpistas viram réus e vão responder a um processo.
A conclusão do inquérito foi apresentada dois dias após a PF cumprir mandados de prisão contra quatro militares e um policial federal que teriam montado um plano para matar Lula, o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes.
Um fato recente que chamou atenção foi o jornal Folha de S.Paulo publicar um artigo de Jair Bolsonaro intitulado “Aceitem a democracia”. Logo um texto de alguém que questionou a legitimidade das urnas, ameaçou não entregar a Presidência a Lula após a derrota eleitoral, atacou instituições como o STF e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e estimulou a população a participar de atos golpistas.
Além de Bolsonaro, a PF indiciou o general da reserva do Exército Walter Braga Netto, que chefiava a Casa Civil; o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); e Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
com informações da CNN Brasil e Revista Fórum
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