Após as explosões de bombas no STF, na noite desta quarta (14), investigações descobriram que Francisco Wanderley Luiz, conhecido nas redes como “Tiü França”, era bolsonarista e tinha planos para atacar o Supremo. Em depoimento à Polícia Federal de Santa Catarina, Sua ex-esposa Daiane revelou que ele afirmou várias vezes que pretendia “matar Alexandre de Moraes e quem mais estivesse perto na hora do atentado”. As informações são de Daniela Lima na GloboNews.
Ela contou ainda que o ex-marido frequentou acampamentos golpistas de 2022, que se formaram logo após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o atual presidente Lula (PT). Francisco também foi candidato a vereador em 2020, pelo PL de Rio do Sul (SC).
Segundo Daiane, o ex-marido compartilhou recentemente com ela e outras pessoas uma série de pesquisas sobre como atacar o STF e a Câmara dos Deputados. Ao ser perguntada pelos agentes sobre as intenções dele, Daiane respondeu que Wanderley Luiz “morreu porque foi descoberto” antes de – provavelmente – executar “uma coisa maior”.
BOLSONARISTAS PREOCUPADOS
Deputados bolsonaristas que querem a aprovação do projeto que anistia os golpistas de 8 de janeiro de 2023, já acreditam que o ato terrorista de “Tiü França” foi um tiro no pé. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a sensação é a de que, se havia alguma possibilidade de anistia, ela foi por água abaixo.
A Folha teve acesso a mensagens trocadas por deputados bolsonaristas em dois grupos de WhatsApp logo após o atentado. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), por exemplo, afirmou que o autor seria mesmo um ex-candidato a vereador pelo PL: “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp.”
O deputado Capitão Alden (PL-BA), por sua vez, respondeu: “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”. “Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse. Já o deputado Eli Borges (PL-TO) escreveu “se tentou ajudar atrapalhou”. “Agora o Xandão vai dizer: ‘é a prova que o 8 de janeiro era necessário’”.
com informações da Revista Fórum
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