Considerado pelo presidente Lula (PT) estratégico para retomar o crescimento da economia brasileira, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou lucro líquido de R$ 12,5 bilhões no ano passado.
Os desembolsos, que incluem os empréstimos e as ofertas de crédito, foram de R$ 98 bilhões, equivalente a 1% do PIB. Em comparação mais ampla, o BNDES repassou, de 2015 a 2022, R$ 873 milhões ao Tesouro Nacional, enquanto os desembolsos foram de R$ 646 bilhões.
MERCADANTE QUER MUDANÇAS E AVANÇOS
Essa diferença de valores foi criticada pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Para ele, a instituição teve a função social histórica desvirtuada nos últimos anos e o plano agora é dobrar o tamanho da instituição até 2026: passar de 1% para 2% do PIB o valor dos desembolsos.
“Não é esse o papel de um banco de desenvolvimento. Não é financiar o Tesouro nessa proporção, nessa escala, nessa velocidade. Todas as antecipações ocorreram antes que as aplicações do banco dessem o retorno esperado. Esses mecanismos que estão aí precisam ser revisitados e revistos”, disse Mercadante.
Segundo Mercadante, será revisto o pagamento de dividendos, o lucro obtido com ações. Ele criticou o fato do BNDES passar a recolher 60% dos dividendos em vez de usar esse dinheiro para investimento, financiando obras e projetos.
“Os principais bancos de desenvolvimento do mundo não recolhem dividendos aos seus Estados nacionais. Nós não recolhíamos, depois fomos para 25%, agora são 60% do nosso resultado. Qual é o problema? Que esse é o capital próprio do banco, aquilo que o trabalho da instituição realizou e que deveria voltar para a economia como crédito, financiamento, geração de empregos, de renda, que é o papel fundamental do BNDES”, defendeu.
com informações do Bahia de Valor
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