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Bate-boca de ex: Bolsonaro e Moro falam sobre interferência na PF e cargo no STF

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Toda relação que não acaba bem resulta, em qualquer situação posterior, aquele bate-boca com troca de farpas. E aconteceu com os ex-aliados Jair Bolsonaro e Sergio Moro.

Primeiro, o presidente depôs, nesta quarta (3), sobre sua possível interferência na Polícia Federal. Bolsonaro declarou que o então ministro da Justiça do seu governo, Sergio Moro, teria concordado com a nomeação de Alexandre Ramagem como diretor-geral, desde que ocorresse após a sua indicação a uma vaga no STF. O presidente admitiu que pediu a troca do então diretor Maurício Valeixo e de dois superintendentes do órgão, mas negou que isso configure interferência politica.

Nessa DR à distância de relação mal resolvida, o ex-juiz afirmou, nesta quinta (4), que o presidente mentiu ao dizer à Polícia Federal que ele condicionou a troca da direção da corporação a uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Destaco que jamais condicionei eventual troca no comando da PF à indicação ao STF. Não troco princípios por cargos. Se assim fosse, teria ficado no governo como ministro”, disse Moro por meio de nota. “Aliás, nem os próprios ministros do governo ouvidos no inquérito confirmaram essa versão apresentada pelo presidente”, completou.

O depoimento de Bolsonaro ocorreu no Palácio do Planalto e foi prestado ao delegado Leopoldo Soares Lacerda, chefe da Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores (Cinq) da PF. Na nota, Moro criticou como “imprópria” a forma como o presidente foi ouvido, “sem que meus advogados fossem avisados e pudessem fazer perguntas”.

Com informações de O Globo

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