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Basta de feminicídio: mulheres de Itabuna exigem justiça para Luana

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As ruas do Centro de Itabuna e o Jardim do Ó foram tomados, nesta quinta (6), por mulheres e entidades que pediram justiça para Luana Santos Brito, assassinada covardemente por seu ex-companheiro no dia 29 de junho. Com carro de som e faixas, a manifestação teve a marca da indignação feminina contra assassinatos apenas pelo fato de serem mulheres e porquê um companheiro não aceita o fim de uma relação, ou quer impor a autoridade masculina pela violência física ou psicológica, chegando até a execução de um crime.

“Não podemos aceitar mais crimes absurdos como esse de Luana e tantos outros recentes que a imprensa baiana e brasileira noticiaram. É importante aprimorar e fortalecer a Lei Maria da Penha, impondo punições mais severas para os criminosos, ao mesmo tempo reforçar a Ronda Maria da Penha. Precisamos de mais centros de referências para acolher mulheres vítimas de violência, para que não fiquem ao lado de quem lhe causa dor, e mais varas especializadas para acelerar julgamentos e punições”, defendeu a vereadora Wilma Oliveira (PCdoB).

Presidenta do Sindicato dos Comerciários, além de dirigente da CTB e da UBM, Amanda Santos destacou a importância da denúncia e da mobilização da sociedade. “Ninguém pode ficar calado ou calada quando vê uma mulher sofrer qualquer tipo de violência. É preciso denunciar logo para não chegar a um assassinato. Temos que realizar novas manifestações para conscientizar a população e pressionar os poderes públicos a tomarem providências, de preferência, preventivas”, enfatizou.

O ato foi organizado pela UBM (União Brasileira de Mulheres), CTB Mulher e Rede Feminista Crystiane, tendo apoio da CTB Bahia, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Servidores da Prefeitura (Sindserv), Sintratec e FEC Bahia, entre outros.

NÚMEROS TERRÍVEIS

É importante lembrar que houve um aumento expressivo dos casos de feminicídio, que cresceram 37% no Brasil, entre 2017 e 2022. Na Bahia, em 2022, o aumento foi de 58% nos casos de violência (cerca de um por dia). É o o estado do Nordeste com o maior número desse tipo de crime (91), segundo a Rede de Observatórios da Segurança, através do boletim ‘Elas Vivem: dados que não se calam’.

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