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Bancada feminina tenta derrubar veto de Bolsonaro sobre absorventes

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Após o veto do presidente Jair Bolsonar à distribuição gratuita de absorventes para adolescente e mulheres de baixa renda, senadoras e deputadas reagiram e articulam a derrubada do veto pelo Congresso. Para isso, são necessários 257 votos de deputados e 41 de senadores. Ainda não há data para a análise da matéria.

O projeto foi aprovado pela Câmara em agosto e pelo Senado em setembro, com o objetivo combater a precariedade menstrual, identificada como a falta de acesso ou a falta de recursos que possibilitem a aquisição de produtos de higiene e outros itens necessários ao período menstrual.

Autora da proposta, a deputada Marília Arraes (PT-PE) disse que a proposta foi amplamente negociada entre as lideranças partidárias no Congresso. “É uma pena que tenha sido vetado, inclusive diante de pontos que tinham sido conversados e negociados com as próprias lideranças do governo. Enfim, nada foi considerado. Eu tenho certeza de que esta Casa vai fazer jus à vontade do povo brasileiro, como é nossa obrigação — nossa função é representar o povo brasileiro — e derrubar esse veto, que é um verdadeiro absurdo, absurdo para as mulheres do Brasil”, declarou.

Coordenadora da bancada feminina da Câmara, a deputada Celina Leão (PP-DF) ressaltou que o Congresso aprovou um projeto com “impacto financeiro mínimo” e que apontava a fonte dos recursos. “Se R$ 84 milhões for muito dinheiro para o governo não dar condição a meninas e mulheres, eu acho que o governo tem que rever os seus princípios. Ele precisa repensar a forma de tratar as mulheres no Brasil”, disse.

A líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS) lembrou que o veto presidencial foi divulgado em meio à campanha Outubro Rosa, voltada à saúde das mulheres, em especial ao combate ao câncer de mama. “Veto à distribuição gratuita de absorventes a milhões de estudantes pobres de escolas públicas, moradoras de rua e presidiárias é falta de empatia, desconhecimento da realidade e descaso. Chega a ser cruel”, protestou a emedebista.

Com informações da Câmara Federal

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