A população de vários bairros em Maceió, no estado de Alagoas, está em pânico com o afundamento do solo. Trata-se de um tragédia anunciada pelo relatório do Serviço Geológico do Brasil, divulgado em 2019, que apontava a necessidade de estabilizar a erosão das minas da Braskem para evitar colapso.
O resultado da análise foi divulgado um ano depois de as primeiras rachaduras surgirem em casas e ruas do Pinheiro, bairro vizinho ao Mutange, onde está a maioria das minas de extração de sal-gema. Essa atividade agravou a instabilidade no solo da cidade e levou à desocupação de mais de 14 mil imóveis, afetando cerca de 60 mil pessoas.
A Braskem enviou nota afirmando que a extração de sal-gema foi encerrada em maio de 2019 e que vem realizando ações para o fechamento definitivo das minas. Disse que as atividades para preenchimento da mina 18 estavam em andamento e foram suspensas devido à movimentação atípica no solo.
ALERTA MÁXIMO
Em função do agravamento da situação, a Defesa Civil de Maceió alertou para o risco de colapso de uma das 35 minas e a Prefeitura decretou situação de emergência, que foi reconhecida pelo governo federal. Em seguida, foram emitidas as primeiras ordens de evacuação para moradores do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, depois ampliada para parte do Bom Parto e do Farol.
Segundo a Defesa Civil, a mina 18, que está prestes a colapsar, fica localizada em uma área sem moradias. Mas, moradores de bairros vizinhos foram obrigados a deixar suas casas por precaução. O Hospital Sanatório, no bairro do Pinheiro, transferiu todos os seus pacientes para outras unidades de saúde.
com informações do g1/Alagoas
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