A consolidação dos meios digitais de pagamento e de plataformas de compra após a pandemia da Covid-19 é uma constatação. A afirmação é do consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), Guilherme Dietze. Mesmo antes de 2020, as compras online no estado já apresentavam um crescimento expressivo: 14,1% em 2018 e 24,2% em 2019.

“No entanto, foi no ano seguinte que houve um salto notável, com um crescimento de quase 92,2%, elevando o volume de compras de R$ 3 bilhões para cerca de R$ 6 bilhões. Em 2021, o avanço foi significativo novamente, com uma alta de 31,9%, superando os R$ 7 bilhões. Nos anos recentes, o volume de compras tem se mantido em torno de R$ 9 bilhões”, esclarece Dietze. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, extraídos das Notas Fiscais Eletrônicas.

As compras realizadas no e-commerce por consumidores do estado atingiram R$ 9,2 bilhões em 2023, representando alta de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Deste total, 84% (R$ 7,7 bilhões) são de compras realizadas de empresas fora do estado. Esse valor corresponde a 4,6% do faturamento do varejo físico no ano passado.

O mercado consumidor da Bahia representa 4,5% do total movimentado no país e lidera o Nordeste, com participação de 30% entre os estados da região, superando Pernambuco (18%) e Ceará (14,5%). Mas, há um cenário contrastante: apenas R$ 1,5 bilhão foram gastos por consumidores baianos em empresas na própria Bahia. Mesmo assim, as vendas da Bahia para outros estados passado totalizaram R$ 600 milhões.

PRODUTOS

O levantamento da Fecomércio-BA mostra que, em relação aos principais produtos comprados [dentro ou fora do estado], lideram os smartphones com R$ 496 milhões no ano passado. Seguido de refrigeradores e freezers, com R$ 313 milhões; eletrodomésticos e eletrônicos como os aparelhos receptores de televisão (R$ 294,1 milhões) e máquinas digitais para processamento de dados, com peso inferior a 10 kg (R$ 215,7 milhões). Além de tudo, os banianos são “bons de compras” online.

com informações da Fecomércio-BA