Para ajudar pessoas com a doença de Parkinson, o pesquisador natural de Remanso, Bruno Fonseca, com a participação de outros cientistas, desenvolveu uma pesquisa sobre o diagnóstico precoce da enfermidade por meio da inteligência artificial.
O estudo utilizou uma base de dados pública que contém sinais de eletroencefalograma de indivíduos com a Doença de Parkinson (DP) e de indivíduos sem a enfermidade. “Nesses sinais, foram utilizadas ferramentas matemáticas, nesse caso, Hjorth features, para extrair biomarcadores da doença que, em conjunto com técnicas de inteligência artificial (IA), permitiram realizar a identificação automática dos pacientes”, explica Bruno Fonseca.
Isso gerou resultado promissor para o descobrimento precoce da patologia. “Foi possível alcançar uma acurácia acima de 89% na identificação dos indivíduos portadores da DP. Também foi possível inferir que os lóbulos parietal, frontal, central e occipital foram as regiões do cérebro mais significativas para distinguir os pacientes dos indivíduos de controle, ou seja, pessoas sem Parkinson”, destaca.
O mestre em ciências da saúde e biológicas, diz que o trabalho contribui no desenvolvimento de uma técnica de diagnóstico da doença que não dependa apenas dos sintomas motores. “Isso é algo importante, uma vez que esse tipo de sintoma se apresenta quando a doença já se encontra num estágio avançado. O grupo de pesquisa busca novas técnicas, utilizando novas ferramentas matemáticas e novos modelos de IA para extrair características dos sinais”.
A pesquisa conta com o apoio da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e a equipe conta com Ana Beatriz Rodrigues, Carolline Angela, Giovanni Guimarães, Ivani Brys e Rodrigo Pereira.
Parkinson (que não tem cura) é um distúrbio neurológico degenerativo do sistema nervoso central, uma enfermidade crônica e progressiva, que causa o aumento gradual de tremores, lentidão dos movimentos, entre outros sintomas. Sua descoberta prévia ajuda em bons resultados nos tratamentos.
com informações da Secti
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