A Bahiafarma, em parceria com a Bionovis, vai produzir o eculizumabe, medicamento essencial no tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), uma doença rara e grave da medula óssea. A propostas foi aprovada pelo Ministério da Saúde e anunciada no dia 29 de maio, durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis), em Brasília.
Segundo o Governo da Bahia, a fabricação local do medicamento, hoje integralmente importado, deve gerar uma economia superior a R$ 6,1 bilhões nos próximos dez anos. Apenas em 2023, os gastos com importações do eculizumabe ultrapassaram R$ 1 bilhão. “O projeto marca uma nova fase para a fundação. Mostra que temos capacidade técnica e institucional para liderar um novo momento da ciência no país”, disse a presidente da Bahiafarma, Ceuci Nunes.
A proposta da estatal baiana prevê a transferência integral da tecnologia de produção do medicamento, atualmente sob domínio da empresa sul-coreana Samsung Bioepis, parceira da Bionovis no projeto.
AVANÇO PARA O SUS
“Para reduzir a dependência do país em relação a medicamentos de alto custo e para posicionar a Bahia como polo nacional de biotecnologia. É um avanço que fortalece o SUS e garante segurança assistencial para pacientes que não podem esperar”, afirmou a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, classificou a aprovação como estratégica.
Essa produção local do eculizumabe faz parte das nove novas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) aprovadas pelo Ministério da Saúde. Elas somam mais de R$ 2 bilhões em aquisições anuais e são vistas como estratégicas para ampliar o acesso a tratamentos de alta complexidade, fortalecer a indústria nacional e reduzir a vulnerabilidade do Brasil no mercado internacional.
com informações da Sesab
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