Algumas questões, nesta quarta (7), charama atenção na participação de Jair Bolsonar nas celebrações dos 200 anos da Independência do Brasil. Segundo o colunista do UOL, Kennedy Alencar, “o palanque do presidente em Brasília é o retrato do seu isolamento político e do sequestro de uma data nacional que deveria ser de todos os cidadãos, independente de orientação política”.
O jornalista se referia a ausência dos presidentes dos demais poderes. Não estiveram presentes os presidentes do STF, Luiz Fux; do Senado, Rodrigo Pacheco; e da Câmara, Arthur Lira.
Além desse isolamento, o presidente voltou a fazer ameaças à democracia. “Queria dizer que o Brasil já passou por momentos difíceis, mas por momentos bons, 22, 35, 64, 16, 18 e agora 22. A história pode se repetir, o bem sempre venceu o mal”, disse. As datas se referem a atos militares ocorridos no Brasil, além do ano do golpe contra Dilma Rousseff (2016) e das eleições de 2018 e desse ano.
POSSÍVEIS IRREGULARIDADES
Um ministro e um ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) disseram, em tom reservado, que houve abuso de poder no discurso proferido pelo presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios durante das comemorações do Sete de Setembro. Cabe ao tribunal investigar se houve ou não a prática irregular, a partir de ação eventualmente proposta por algum partido, candidatura ou o Ministério Público Eleitoral.
Bolsonaro fez uso de um evento oficial, em que deveria participar como presidente da República, para discursar como candidato à reeleição. Caso a prática seja judicializada, será aberta uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral). A pena prevista é de perda do registro de candidatura ou do diploma eleitoral, além da declaração de inelegibilidade por oito anos.
O presidente aproveitou para reafirmar sua pauta ideológica contra a liberação do aborto, contra a descriminalização das drogas, em defesa da propriedade privada e do “combate à corrupção pra valer”. Também enumerou seus feitos: o Auxílio Brasil, a diminuição do preço dos combustíveis e, na avaliação dele, a “economia pujante”.
com informações do UOL
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