Uma informação contida em um documento sigiloso do Itamaraty enviado à CPI da Covid, mostra que os ataques feitos à China pelo presidente Bolsonaro e membros do governo causou atraso no envio de insumos para a produção da Coronavac.
Para integrantes da CPI, o conteúdo desmonta a tese do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-chanceler Ernesto Araújo, de que as falas do presidente da República não tiveram impacto nas negociações com o país asiático para o fornecimento de imunizantes.
Teve uma reunião entre a embaixada brasileira em Pequim e o presidente da SinoVac, Weidong Yan, que cobrou fim de ataques ao país asiático para não atrasar insumos. O documento mostra o que, duas semanas após o presidente fazer novos ataques à China (em maio), a farmacêutica cobrou uma mudança de posicionamento do governo para não complicar a relação diplomática.
O ofício mostra que pediu uma relação “mais fluida” entre os países e “fez questão de ressaltar a importância do apoio político para a realização das exportações, e mesmo a possibilidade de tratamento preferencial a determinados países”.
Com informações de O Globo
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