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Assassinos de Marielle e Anderson condenados; penas somam 137 anos de prisão

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Foto: Brunno Dantas / TJRJ

Enfim, a justiça começou a ser feita no caso dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. Os assassinos confessos, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados nesta quinta (31), pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Lessa pegou 78 anos, 9 meses e 30 dias de prisão. Élcio, a 59 anos, 8 meses e 10 dias.

O júri entendeu que eles são culpados de três crimes: duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (assessora de Marielle) e receptação do veículo usado no crime. Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018.

Além da prisão, os réus foram condenados a pagar pensão para o filho de Anderson, Arthur, até ele completar 24 anos. E pagar, juntos, R$ 706 mil de indenização por dano moral para cada uma das vítimas: Arthur, Ághata, Luyara, Mônica e Marinete.

Na leitura da sentença, a juíza Lúcia Glioche destacou que nenhuma condenação serviria para tranquilizar as famílias, mas era uma resposta importante à perspectiva de impunidade dos criminosos. “A justiça por vezes é lenta, é cega é burra, é injusta, é errada, é torta. Mas ela chega. Mesmo para acusados que acham que jamais vão ser atingidos. A justiça chega aos culpados e tira o bem mais importante deles, depois da vida, que é a liberdade”, disse a juíza.

DELAÇÃO, MANDANTES E MOTIVAÇÃO

Ronnie e Élcio estão presos desde 12 de março de 2019. Eles fecharam acordo de delação premiada. Estão presos os acusados de serem mandantes dos crimes, os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime e acusado de prejudicar as investigações.

Segundo as investigações, a motivação do assassinato de Marielle Franco envolve questões fundiárias e grupos de milícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projeto de Lei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.

com informações da Agência Brasil

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