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Após fraude de R$ 40 bi na Americanas, empresários estão R$ 42 bi mais ricos

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Beto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles

Bilionários do Brasil e de todo o mundo ostentam o fato de fazerem parte da lista anual na revista Forbes, das pessoas mais ricas do mundo. Na mais recente atualização, Jorge Paulo Lemann e seus dois sócios bilionários na Americanas ficaram R$ 42 bilhões mais ricos. Grande coincidência é isso acontece após a empresa ter admitido uma fraude contábil de cerca de R$ 40 bilhões e perdeu 99% do seu valor de mercado.

Segundo a publicação americana de negócios e economia, Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira foi atualizado e os três estão entre cinco brasileiros mais ricos da atualidade. Juntos, possuem patrimônio de R$ 202,15 bilhões. Só Lemann, o terceiro brasileiro mais rico, tem R$ 91,81 bilhões. Telles tem R$ 60,82 bilhões; e Sicupira, que chegou a presidir o conselho de administração das Americanas, fica com R$ 49,52 bilhões.

Em dezembro de 2022, a fortuna somada dos três bilionários era de R$ 159,85 bilhões. Lemann tinha R$ 72 bilhões; Telles, R$ 48 bilhões; e Sicupira, R$ 39,85 bilhões. Dias depois de a Forbes divulgar os valores daquele ano, a Americanas anunciou que sua contabilidade havia sido fraudada em janeiro de 2023. A empresa admitiu que, “por um longo período”, suas contas haviam sido manipuladas para indicarem lucro quando, na verdade, ela amargava prejuízo.

EMPRESAS EM RUÍNAS, DONOS MAIS RICOS

Apesar de tudo isso, Lemann e seus sócios, ficaram 27% mais ricos. Presidente do Instituto Economias e Planejamento, Weslley Cantelmo disse que o enriquecimento de bilionários enquanto suas empresas praticamente vão à falência não é exceção. É regra. “Quando você tem esse volume de dinheiro, as alocações que você faz dificilmente são não rentáveis. Até mesmo no caso das Americanas, eles não perderam dinheiro nenhum. Pelo contrário, ganharam antecipadamente com as fraudes”, destaca.

“Os ricos ficam mais ricos porque a maior parte de suas rendas não são tributadas e seu patrimônio ainda é remunerado com altas taxas de juros”, acrescenta Nathalie Beghin, economista e integrante do colegiado de Gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Viviana Santiago, diretora executiva da organização internacional Oxfam, ressaltou que o que Lemann e seus sócios ganharam com as Americanas nunca foi tributado pelo governo, pois dividendos são isentos. Mas, o que os trabalhadores das Americanas e outras empresas recebe pelo seu trabalho é tributado mensalmente.

com informações do Brasil de Fato

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