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Após documento do golpe, Dino vai pedir extradição de Torres

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O novo desdobramento com a descoberta de uma minuta de decreto para alterar o resultado da eleição vencida pelo presidente Lula (PT) é a decisão do ministro da Justica e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele deu um ultimato ao seu antecessor Anderson Torres: caso não se apresente até segunda (16), será pedida a extradição do bolsonarista aos Estados Unidos.

“Vamos aguardar até a segunda-feira que a apresentação [de Torres à PF] ocorra. Caso a apresentação não se confirme, por intermédio dos mecanismos internacionais, vamos deflagrar na próxima semana os procedimentos voltados à extradição, uma vez que há ordem de prisão”, afirmou Dino durante evento em homenagem às forças de segurança que trabalharam nas operações contra os atos terroristas de domingo (8), em Brasília.

Antes mesmo do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-ministro, em ação da Polícia Federal (PF), já havia um pedido de prisão contra Anderson Torres. Dino declarou que a minuta do rascunho do decreto para mudar o resultado da eleição configura elemento para entender uma série de eventos entre a proclamação do resultado da eleição e a tentativa de golpe.

“Quero lembrar a força da palavra união. Casa dividida, cai. Fizemos questão de realizar esse evento exatamente para sinalizar que por sobre as dissensões graves que a nossa pátria atravessa está o senso de união patriótica em torno do interesse nacional. Não queremos país conflagrado. O presidente Lula quer um país em paz, mas paz não significa se curvar a uma lógica do vale tudo. Não significa aceitar a lei do mais forte. Então, nós resolvemos fazer esse evento para mostrar que a intervenção federal não foi um ato contra as corporações de segurança do Distrito Federal, foi um ato em apoio às corporações e ao sistema de Justiça do DF. Desejamos que essa intervenção seja temporária e breve”, declarou o ministro.

Sobre os atos terroristas, Dino disse que não está se tratando apenas de dano ou crimes contra o patrimônio cultural apenas. “Eu convido os colegas que questionam as prisões em flagrante a olharem o Código Penal, lerem o tipo chamado pelo Congresso Nacional de golpe de estado. Atentar, almejar destituir um governo legitimamente eleito é crime. Está na lei. Tentar impedir, restringir os poderes constitucionais é crime, está no Código Penal. E esta lei antecede nosso governo”, explicou.

O ministro ressaltou que as investigações e responsabilizações dos envolvidos continuarão e aproveitou para enviar um recado aos golpistas: “Eleições são periódicas e, por serem periódicas, finitas. Pelo amor de Deus, acabou a eleição de 2022. Entendam definitivamente isso. E se preparem para a próxima. Haverá outra em 2026. E nós, os vencedores de 2022, se perdermos em 2026 vamos respeitar democraticamente o resultado, como respeitamos em 2018”.

com informações da Revista Fórum

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