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Após cortes de Bolsonaro, 17 universidades podem suspender aulas

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Os cortes e retrocessos impostos pelo governo Jair Bolsonaro à Educação e à Ciência & Tecnologia deixaram muitas instituições sem verba até para pagar contas de água e luz. Com isso, 17 instituições federais de ensino superior podem ser obrigadas a suspender aulas e interromper atividades ainda em 2022.

Levantamento feito pelo jornal O Globo e publicado nesta segunda (1), mostra que universidades federais tradicionais, como as do Rio de Janeiro (UFRJ), da Bahia (UFBA), do Pará (UFPA) e de Juiz de Fora (UFJF), estão seriamente ameaçadas. O jornal informou que as universidades federais tiveram, em 2022, mais de R$ 400 milhões cortados em recursos discricionários.

Na UFRJ, por exemplo, só há dinheiro para pagar as contas até setembro. “Se nada acontecer em termos de recomposição orçamentária, em novembro e dezembro podemos ter que suspender contratos e interromper as atividades em toda universidade”, diz a instituição.

A UFPA está no limite. “Não há mais o que cortar, o que reduzir de despesas. Já foram realizados todos os ajustes internos possíveis”, informa. No Mato Grosso do Sul, a Universidade Federal da Grande Dourados já prevê o fim de aulas a comunidades indígenas e camponeses “que estudam na modalidade de alternância e precisam se deslocar de suas localidades”.

MAIS PREJUÍZOS 

Os relatos não cessam. “A Universidade Federal de Sergipe proibiu o uso de ar-condicionado em todo o campus. A Universidade de Brasília cortou até em livros. A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro estuda diminuir o uso de recursos do portal de internet”, noticiou O Globo. Em Minas Gerais, a Universidade Federal (Unifal) terá de prejudicar os estudantes mais pobres, com redução de bolsas de estudo e do número de beneficiários da assistência estudantil.

“Fomos informados, por meio do Fórum de Pró-Reitores de Administração e Finanças e Planejamento, que haverá novo corte de 12% para o projeto de lei orçamentário de 2023”, alerta Dyomar. “Dessa forma, não há universidade pública federal que consiga sobreviver”, disse Dyomar Toledo Lopes, pró-Reitor de Administração e Finanças da Universidade Federal de Jataí (GO).

com informações do Portal Vermelho

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