Com o alerta da Petrobras sobre o risco de o Brasil sofrer desabastecimento de diesel, o governo federal avalia sugestão da estatal para elaborar plano de racionamento emergencial do combustível. O diesel está com alta demanda no mercado internacional.
Segundo comunicado enviado ao governo pelo Conselho da empresa, o mercado global de óleo diesel poderá ficar ainda mais pressionado nos próximos meses. O portal Metrópoles informou que, nas próximas semanas, a área técnica do governo deve se debruçar sobre o assunto e buscar alternativa para o problema.
Entre as opções em discussão, está a de que sejam listados “serviços essenciais” em um eventual racionamento. Nessa hipótese, ambulâncias e transporte de grãos e alimentos teriam prioridade para receber o combustível. Fontes do governo dizem que o Ministério de Minas e Energia já trabalha com a expectativa de que o consumo do combustível neste ano supere a quantidade consumida em 2021.
RISCO ALTO
Representantes do setor ouvidos pelo Metrópoles, disseram que há risco de desabastecimento no Brasil caso não haja sinais de que o preço do mercado será mantido. A crise, inclusive, aconteceria durante o momento de maior exportação de grãos, entre junho e julho, o que poderia agravar a dimensão dos problemas.
Na última quinta (26), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que “pior do que inflação é o desabastecimento”. “Nós trabalhamos para não haver desabastecimento […] A gente quer uma alternativa, sem interferência, de modo que não tenha desabastecimento, que não mexa no dólar, que respeite contratos”, afirmou.
GRIFO NOSSO – É inacreditável ver um país autossuficiente em petróleo importar diesel e derivados, e depender do mercado internacional. Em uma situação de crise mundial, podemos ter problemas sérios de desabastecimento.
com informações do Metrópoles
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