Ao mesmo tempo em que toma medidas para reconstruir o Brasil e a economia, o presidente Lula (PT) questiona o mercado financeiro e o Banco Central “independente”. O chefe de estado brasileiro critica duramente a atual política de juros praticada pelo BC, com a taxa Selic em 13,75%.
Segundo especialistas, juros em um patamar alto vão contra os interesses nacionais, encarecem o crédito e dificultam investimentos para a retomada do desenvolvimento do país.
Na mesma linha, o presidente da Federação dos Comerciários da Bahia (FEC-BA), Jairo Araújo, diz que os comerciários apoiam Lula. “Ninguém mais do que a categoria comerciária sabe como juros altos prejudicam o consumo e as vendas.
Reduzem acesso a linhas de crédito, empréstimos e financiamentos para a população. Ai, os consumidores deixam de comprar para poupar”, enfatiza.
O sindicalista lembra ainda que juros altos faz aumentar a inadimplência entre os clientes. “E prejudicam as empresas do comércio na captação de recursos. É um setor que precisa de capital de giro”, pondera.
Economistas dizem ainda que a Selic alta só interessa aos financistas, que ganham com a especulação, não geram empregos nem contribuem com os interesses da maioria da população.
AUTONOMIA DO BC
Jairo também questiona a autonomia do Banco Central, aprovada pelo governo que tinha o banqueiro Paulo Guedes como ministro da Economia. “Ela esconde o objetivo maior, que é entregar a condução da economia ao sistema financeiro. Queremos o Brasil com uma economia forte, que valorize o trabalho, os salários, o setor produtivo e o mercado interno. Só vamos conseguir isso com juros baixos”, diz.
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