Não seria mais surpresa ver algo chocante como o presidente Jair Bolsonaro normalizar o nazismo que Adolf Hitler implantou na Alemanha, entre 1930 e 1945. Ao ser questionado por um apoiador sobre a possibilidade de implantação de um modelo educacional nos moldes do adotado por Hitler, Bolsonaro deu a entender que tenta ir por esse caminho, mas que os servidores do Ministério da Educação resistem às suas investidas (assista o vídeo no final).
“Presidente, quando a história, né, de Hitler, a gente via muito a questão que ele começou com as crianças. No caso, o senhor acha que o nosso Ministério da Educação já poderia estar também fazendo um trabalho com as crianças para gente voltar, retomar, né, a consciência, a conscientização?”, perguntou um apoiador presente no “cercadinho” do Palácio do Alvorada.
Mesmo sendo chocante, Bolsonaro tratou a sugestão de adoção do modelo nazista de Hitler como natural. “Você não consegue, tem ministério que é um transatlântico. Não dá pra dar um cavalo de pau. Eu gostaria de botar também educação moral e dívida, um montão de coisa, coisas boas”, afirmou Bolsonaro, sem repreender o apoiador pela exaltação a Hitler.
REPÚDIO DOS JUDEUS
Essa inclinação ao nazismo foi repudiado pelos judeus, que lançaram o manifesto “Governo Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas”. Assinado por 260 judeus, em maio, o documento associa o governo de Bolsonaro com o nazismo alemão e o fascismo italiano. Afirma ainda que “é preciso chamar as coisas pelo nome”. “É perceptível que o governo encabeçado por Jair Bolsonaro tem fortes inclinações nazistas e fascistas”, aponta.
Em julho, o presidente recebeu, no Palácio do Planalto, a neonazista alemã Beatrix von Storch, neta do ministro das Finanças de Adolf Hitler (Johann Ludwig Schwerin von Krosigk) e filiada ao partido ultradireitista AfD (Alternativa para a Alemanha).
RESUMO DA ÓPERA – O apoiador fala com naturalidade sobre o assunto e a possibilidade desse modelo de educação ser implantado no Brasil. O presidente mostra-se “aéreo e sem noção”, não reprimindo o apoio ao nazismo. Até reforça que gostaria de ver o modelo no País. Os dois ignoram as atrocidades desse regime. Além de provocar o holocausto (assassinato em massa de 5 milhões de judeus), durante a Segunda Guerra Mundial, médicos alemães realizaram “experiências” desumanas e até mortais em milhares de prisioneiros nos campos de concentração. Testaram diversos métodos para esterilização em massa de judeus, ciganos, e outros grupos indesejados pelos nazistas.
Com informações da Revista Fórum
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