A cada nova revelação das investigações sobre a participação de Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado no Brasil, o ex-presidente mostra “culpa no cartório”. Sempre arrogante, agora revela medo. Nesta quinta (28), chegou ao ponto de fazer um apelo ao presidente Lula (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF): a aprovação de uma anistia aos acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, como forma de “pacificar” o país.
“Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. A anistia, em 1979: foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião, e ‘vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido”, afirmou Bolsonaro em entrevista para a revista Oeste.
“Não querem pacificar? Pacifica. Eu apelo aos ministros do Supremo Tribunal Federal, eu apelo. Por favor, repensem, vamos partir para uma anistia”, acrescentou o ex-presidente, que é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal pelos supostos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito e organização criminosa. Mas, ele classificou o relatório da PF como “peça de ficção” integrante de uma “perseguição política”.
Com mensagens cifradas, Bolsonaro fez alusão às eleições de 2026. “Querem arrumar uma maneira de me tirar de combate. Alguns acham até que não é nem tornar inelegível por mais tempo ou uma condenação. Querem é executar. Vou acabar sendo um problema para eles trancafiado”, afirmou.
com informações do iG e UOL
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