Mais um crime de responsabilidade vai para conta de Jair Bolsonaro (PL), com as revelações do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Segundo apuração da jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, o ex-presidente confirmou a aliados que participou da reunião relatada por do Val com o ex-deputado federal Daniel Silveira.
O ex-capitão teria informado a interlocutores que permaneceu absolutamente calado, inclusive com medo do descontrole e do medo de ser gravado por Silveira. A questão é que, mesmo que tivesse ficado em silêncio, Bolsonaro poderia responder pelo crime de prevaricação, já que teria presenciado o planejamento de um golpe de Estado, dentro da residência oficial da Presidência, sem comunicar o fato à Justiça.
Esse novo fato pode confirmar a fuga em definitivo de Bolsonaro do País. Depois de trocar o visto nos EUA, disse que é “italiano”, sinalizando sua ida para a Itália diante de novas denúncias.
O CASO
Marcos do Val revelou em entrevistas à imprensa que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada, no dia 9 de dezembro, em que Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira detalharam um plano de golpe de Estado.
Pelo plano, o senador marcaria uma reunião com Alexandre de Moraes para grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo seria tirar do magistrado uma declaração comprometedora, como a de teria “extrapolado” a Constituição e, assim, fazer com que as eleições fossem anuladas, Bolsonaro se mantivesse no poder e o magistrado fosse preso.
Segundo o relato, Bolsonaro estaria de acordo com o plano e prints de mensagens do deputado Daniel Silveira a Marcos do Val após a reunião confirmam em partes o conteúdo do encontro golpista. Logo que a denúncia veio à tona, o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, já havia confirmado a realização da reunião citada, dizendo, porém, que não houve nada de ilícito.
com informações da Revista Fórum
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