O ano para o Supremo Tribunal Federal (STF) começa às 10h desta terça (1°), em clima de tensão. O presidente Luiz Fux abrirá a sessão frente uma crise desencadeada na última semana, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que Jair Bolsonaro (PL) prestasse depoimento à Polícia Federal e o chefe do Executivo federal não cumprir a ordem.
Bolsonaro faltou ao depoimento na Polícia Federal, no inquérito que investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante uma transmissão ao vivo feita pelo presidente nas redes sociais.
A desobediência gerou uma série de polêmicas.
O ministro negou pedido da Advocacia-Geral da União para que o plenário do Supremo analisasse o tema. Em carta à PF, Bolsonaro disse que exerceu o “direito de ausência” ao não comparecer. Moraes, por sua vez, manteve a obrigação do depoimento presencial, mas ainda não marcou nova data para a oitiva. O clima tenso está instalado.
A cerimônia do STF está marcada para ocorrer de maneira remota devido ao aumento nos casos de Covid-19. É de praxe que o presidente da República participe. Bolsonaro foi convidado, confirmou a presença, mas decidiu cancelar sua participação.
Caso participasse da sessão de abertura do Judiciário, Bolsonaro seria anunciado virtualmente, mas acompanharia como expectador. Com o cancelamento, o presidente completa a terceira vez que não participa do tradicional evento do STF. Em 2019 e 2020, ele foi representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB).
Com informações do Metrópoles
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