Segundo previsões como a do Boletim Focus, do Banco Central, a economia deve enfrentar dificuldades em 2022. E as projeções é de crescimento de apenas 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Setores afetados são da indústria, do comércio e de serviços.
É a herança negativa de 2021, que deve contribuir para um desempenho ruim da economia. A inflação alta e o desemprego prejudicam o consumo das famílias, o que dificulta a retomada do comércio e dos serviços. Os juros altos também têm impacto ruim, já que diminuem os investimentos das empresas e encarecem financiamentos para as pessoas, como os destinados à compra de imóveis.
Claudio Considera, pesquisador associado do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), diz que o quadro geral não é muito animador. “Em 2021, vamos ter crescimento, mas estamos recuperando o que caiu no ano passado. Para o próximo ano, há analistas prevendo até uma queda do PIB. Mesmo quem projeta aumento do PIB não prevê um crescimento esplendoroso”, pondera.
INDÚSTRIA
Em 2021, a falta de insumos prejudicou a produção industrial em várias áreas. Um dos casos mais emblemáticos foi o do setor automotivo, que teve até de parar a produção por causa da falta de semicondutores (usados em microchips).
CONSTRUÇÃO
A indústria da construção, que teve bom desempenho em 2021, deve sofrer com a alta nos juros. A CNI afirma que o aumento dos juros “derruba o investimento e encarece os financiamentos habitacionais, reduzindo rapidamente a demanda”.
COMÉRCIO
Izis Ferreira, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), afirma que o comércio e o setor de serviços (como oficinas de carros e salões de beleza) estão sofrendo com a alta da inflação. No final de novembro, dados da CNC mostraram que o país atingiu o maior número de famílias com dívidas desde 2010. No terceiro trimestre de 2021, o desemprego atingia 13,5 milhões de pessoas, de acordo com o IBGE.
Com informações do UOL/Economia
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