O ano de 2022 será ainda difícil para o Brasil. O relatório Focus do Banco Central revela que teremos mais um ano perdido na economia. Analistas apontam que, em um cenário mais positivo, a atividade econômica vai ficar estagnada. Mas o desempenho do país pode ser ainda pior e não há quem descarte uma leve recessão.
As projeções de mais de uma centena de analistas deixam evidente como os números de 2022 estão cada vez piores. Os economistas chegaram a prever um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, mas, agora, enxergam uma alta bem mais modesta, de apenas 0,42%.
Ele apontam alguns fatores para o país ter chegado a esse cenário:
>> A piora nas contas do governo com a mudança na regra do teto de gastos provocou uma piora da percepção de risco dos investidores em relação ao país, o que fez com que real perdesse valor em relação ao dólar e contribuísse para o aumento da inflação;
>> A inflação teve início com choques em preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica, mas se espalhou por toda a economia e deve encerar 2021 em dois dígitos;
>> A alta de preços obriga o Banco Central a subir a taxa básica de juros (Selic), contribuindo para esfriar a economia;
>> No cenário externo, as principais economias devem começar a subir os juros, o que também contribuiu para a desvalorização do real;
>> Há ainda a incerteza com a eleição presidencial e, portanto, sobre qual será a política econômica adotada pelo país a partir de 2023. Com essa incerteza, decisões de investimentos pelas empresas são postergadas.
INFLAÇÃO
Outro problema é a infleção. Em 2021, surpreendeu sucessivas vezes. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ter encerrado o ano em dois dígitos, o que não ocorria desde 2015 — a previsão dos analistas é de 10,02%. Para 2022, os economistas já apostam em um avanço de 5,03%. Se essa projeção se confirmar, será mais um ano marcado pelo estouro do teto da meta do governo.
Com informações do G1
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