“Eu já estou procurando outro emprego. Vou desistir de ser motorista de aplicativo”, disse o motorista de aplicativo, em Colombo (Paraná), José Neto, ao ser ques0tionado sobre o impacto da alta dos combustíveis no trabalho. Atuando na atividade esde 2019, ele diz que é a primeira vez que a situação ficou insustentável. “Não estou tendo condições de trabalhar, pois os combustíveis estão altos, como tudo no país. Vou parar, não está mais viável rodar. No lugar de ganhar, estamos pagando para trabalhar”, conta.
Desempregada por conta da pandemia e e motorista da Uber, a curitibana Juliana Alizona vai na mesma linha. “Tinha feito planos financeiros com o trabalho, mas tenho ficado só no prejuízo. Eu tenho que trabalhar pelo menos 12 horas por dia, que é o que a empresa regulamenta pra gente. O que eu gasto é mais de 200 reais por dia com gasolina. Mas, ainda tem a manutenção do carro”, conta.
O reajuste de tarifas nas corridas da Uber e da 99 para os usuários começou a valer na segunda (14). Uma das reclamações feitas por José Neto é que a situação estaria insustentável também porque as empresas não estariam fazendo o repasse aos trabalhadores. No entanto, após pressão das entidades que representam esses motoristas, na terça, 15, as empresas anunciaram o repasse.
Em nota, a Uber informou que começou a ser aplicado nesta semana, mas a implementação total pode levar alguns dias. A empresa disse ainda que “tanto o motorista quanto o usuário sabem o valor de cada viagem antes de acontecer, então podem tomar suas decisões “. A 99 voltou a reforçar que o objetivo é aplicar o reajuste de 5% por quilômetro rodado em todas as 1.600 cidades em que opera, mas não informou quando começará.
com informações do Brasil de Fato/Paraná
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