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Alerta: paralisia infantil ameaça voltar por baixa cobertura vacinal

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Conhecida como paralisia infantil, a Poliomielite já foi uma das doenças mais temidas do mundo. As vítimas da enfermidade eram identificadas imediatamente nas ruas ou escolas quando apareciam mancando ou apoiadas em muletas. Praticamente extinta, ela ameaça voltar.

A causa principal é a queda na cobertura vacinal contra a doença. Vem caindo desde 2016, o que preocupa pediatras e especialistas em epidemiologia. Atualmente, ela está em 77,2%, mas o ideal é que alcance 95% das crianças com menos de 5 anos. Isso colocou o Brasil em uma situação de vulnerabilidade. Em 2021, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificou o país como uma área de risco para a reintrodução do póliovírus.

“É irônico, mas o sucesso da própria vacina pode ter sido o motivo da queda da cobertura. A baixa percepção de risco das pessoas mais jovens é uma das razões, somada a uma onda negacionista recente contra os imunizantes”, diz a chefe de Saúde, Nutrição e HIV/Aids do Unicef no Brasil, Luciana Phebo.

Segundo a especialista, na pandemia houve uma onda de fake news antivacina, que minou a credibilidade dos imunizantes. “Quando a cobertura vacinal está baixa, a proteção coletiva fica enfraquecida e a reintrodução do vírus pode acontecer a qualquer momento”, alerta, lembrando que não existe medicamento antiviral para o tratamento da fase aguda da poliomielite. “A vacinação ainda é a única forma de se proteger”, afirma.

GOVERNO MUDA ESTRATÉGIA

Diante dessa realidade, o Ministério da Saúde vai, a partir de 2024, substituir gradualmente os dois reforços da vacina oral por uma dose a mais da vacina injetável aos 15 meses, completando assim o ciclo de imunização contra pólio. “Após um período de transição, que começa no primeiro semestre de 2024, as crianças brasileiras que completarem as três primeiras doses da vacina, irão tomar apenas um reforço com a VIP (injetável) aos 15 meses”, afirma a pasta em nota.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê que todas as crianças menores de 5 anos de idade recebam três doses da vacina injetável (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de vida e mais duas doses de reforço com a vacina oral (VOP), a gotinha, aos 15 meses e 4 anos de idade.

A DOENÇA

A poliomielite é uma doença contagiosa causada pelo poliovírus. Ele pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou por secreções eliminadas pela boca de doentes. A maioria dos casos resulta em quadros leves, com febre, mal-estar, diarreia e dor de cabeça, assim como acontece em outras doenças virais. No entanto, cerca de uma a cada 200 infecções evolui para o pesadelo. Nesses casos, o vírus atinge a corrente sanguínea e, de lá, pode chegar ao cérebro. Se isso acontece, a infecção traz danos para o sistema nervoso central, levando a algum grau de paralisia irreversível.

com informações do Metrópoles

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