Com duas armas de fogo do pai, o adolescente de 16 anos e autor do atentado a tiros contra duas escolas de Aracruz (ES), deixando três pessoas mortas, planejou a ação por dois anos. A informação é da Polícia Civil do Espírito Santo. Também foi informado que profissionais da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, a primeira unidade de ensino atacada e onde o infrator estudava até alguns meses atrás, vinham recebendo ameaças de vida que anunciavam “vingança”.
Após o crime, o adolescente se escondeu na casa dos pais e confessou o atentado. O pai dele, tenente da PM, chamou a polícia e informou onde o filho estava. Ele foi encaminhado à 13ª Delegacia Regional de Aracruz, onde pessoas cercaram a viatura e queriam agredí-lo.
“Ele contou que há dois anos estava planejando esse ataque. Hoje ele acordou e resolveu executar. Ele pegou o carro do pai, cobriu as placas, cometeu o ato e depois voltou pra casa. Ele se abrigou numa segunda casa que a família tinha”, explicou o chefe da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
Segundo a polícia, o adolescente foi retirado da unidade de ensino no primeiro semestre deste ano por “não se adaptar à rotina da escola”. Os detalhes desse processo não foram esclarecidos.
RESUMO DA ÓPERA – Duas questões merecem reflexão neste triste episódio. Primeiro, a relação familiar frágil, onde um adolescente planeja um crime por dois anos e ninguém consegue perceber atitudes anormais dele ou acompanhar suas postagens nas redes sociais (a suástica nazista na roupa mostra que ele tinha simpatia pelo regime cruel de Hitler). Segundo, a facilidade de pegar, em casa, duas armas do pai policial para cumprir o que pensou por dois anos. É uma discussão do Brasil atual, sobre flexibilizar as leis para que mais pessoas tenham acesso a armas.
com informações do UOL
Compartilhe no WhatsApp
Comments