É possível acreditar em uma pessoa que passou 8 anos estudando medicina e não acredita em vacinas? É o infectologista Francisco Cardoso, eleito conselheiro titular do CFM (Conselho Federal de Medicina) pelo estado de São Paulo. Ele contesta a eficácia da vacina contra a Covid-19 e o uso de máscaras para combater a disseminação do vírus. Também é contra o aborto após 22 semanas e o programa Mais Médicos.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o médico reafirmou suas posições já manifestadas, inclusive durante a pandemia. “Sou visto muitas vezes como inimigo da ciência. Nada mais falso. Eu não sou inimigo da ciência, eu não sou inimigo dos progressistas, eu só acho que tem uma área relevante da sociedade que pensa diferente e que ela tem que ser ouvida, ela não tem que ser criminalizada”, diz ao jornal.
Cardoso questiona a segurança da vacinação em crianças de 0 a 5 anos e também a credibilidade e autoridade do Ministério e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). “Tem vários estudos publicados em notas técnicas do Ministério da Saúde e da Anvisa, porém esses estudos não são de comprovação científica máxima”, disse em vídeo publicado em redes sociais.
No seu histórico, conta com apoio do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) e lives durante a pandemia defendendo tratamentos sem comprovação científica. Finalizada no dia 7, a eleição do CFM elegeu nomes controversos, com um históricos ligados a celebrações ao 8 de Janeiro, a medidas contra o aborto legal, a campanhas com bandeira “AntiLula” e, como no caso de Cardoso, com bandeiras contra a vacina.
com informações do Estadão
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