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Absurdo: 54% das trabalhadoras mães não receberam promoções nas empresas

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Foto: Jus Brasil

Parece que grande parte das empresas no Brasil ainda não entenderam a importância do papel da mulher e da maternidade para o desenvolvimento de uma Nação desenvolvida e civilizada. Em pleno Século 21, continuam dificultando para as trabalhadoras que têm filho. Não compreendem que a mulher gera e cria os futuros trabalhadores, empresários e consumidores.

É lamentável saber que 54% das mulheres que se tornaram mães, afirmam não ter recebido promoção, em comparação com 48% dos homens. Além disso, 42% de mães relataram perder oportunidades de carreira, enquanto apenas 27% dos pais compartilhavam dessa percepção. É o que constatou o estudo “Aldeias do Cuidado”, realizado pelo ateliê de pesquisa Apoema em parceria com a MindMiners e a consultoria Maternidade nas Empresas.

Outro estudo, do IBGE, reforça o triste quadro. Em 2022, metade das mulheres com filhos pequenos estava empregada no mercado formal, enquanto o percentual entre aquelas sem filhos alcançava 66%. Já os homens com filhos, 89% dos que tinham crianças de até seis anos estavam empregados.

VÁRIOS OBSTÁCULOS E DESAFIOS

Somam-se a essa falta de compreensão das empresas outros obstáculos, como a sobrecarga com o trabalho doméstico e os cuidados com a família, além da condição de mãe solo, com mais de 11 milhões de mulheres (em sua maioria, negras), o que fica ainda mais difícil, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. As trabalhadoras mães ainda sofrem com a falta de apoio e a ausência de vagas em creches públicas. Foram mais de 2 milhões de crianças de até 3 anos sem acesso a creches em 2022, segundo o movimento Todos Pela Educação.

Além das lutas desenvolvidas pelas entidades sindicais por um ambiente de trabalho inclusivo, saudável e justo, empresas e poderes públicos têm o desafio de ajudar a mudar essa realidade. É preciso valorizar a maternidade e o trabalho feminino com políticas públicas e medidas concretas nas organizações para que as trabalhadoras sigam contribuindo com a evolução da sociedade sendo mães e desenvolvendo suas atividades profissionais com a certeza de que serão reconhecidas.

com informações do Valor Econômico

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