O que se previa foi confirmado nesta quarta (14): a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por unanimidade, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
A parlamentar sempre foi da linha de frente do bolsonarismo, mas foi abandona por Jair Bolsonaro, que também deixou outros ex-aliados pelo caminho. O ex-presidente culpou a parlamentar pela derrota nas eleições presidenciais de 2022, no caso em que ela perseguiu armada um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno.
Junto com Zambelli foi condenado o hacker Walter Delgatti, a oito anos de prisão pelo mesmo motivo. Ambos respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Eles ainda terão que pagar, juntos, uma indenização de R$ 2 milhões.
Os ministros também determinaram a perda do mandato da deputada, a ser executada após o trânsito em julgado da ação (quando não houver mais possibilidade de recurso).
O CASO
A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os dois de atacarem sistemas do CNJ para incitar atos antidemocráticos. A investigação apontou que eles inseriram documentos falsos no sistema do órgão, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Segundo a PGR, Zambelli teve “papel central” na invasão dos sistemas eletrônicos do CNJ e foi a “autora intelectual” do ataque hacker. A deputada “arregimentou” o hacker Walter Delgatti, prometendo a ele benefícios em troca dos serviços.
com informações da CNN Brasil
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