Em uma sociedade machista, a mulher baiana mostra sua força em muitos setores da sociedade. Mas, é em casa que mostra como supera dificuldades para cuidar do futuro do País. Dados da terceira edição da Recortes Sociais revelam que a Bahia tem 960.763 famílias monoparentais femininas, núcleos familiares chefiados por mulheres que criam seus filhos ou filhas sozinhas.
A publicação foi lançada na terça (25), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), em transmissão ao vivo pelo Youtube. Ainda segundo a publicação, a maioria dessas famílias vive em áreas urbanas (73,4%) e é formada por mulheres que se autodeclararam negras (89,4%). Salvador e Região Metropolitana concentram o maior percentual do estado (20,2%), seguido pelo território Portal do Sertão, com destaque para o município de Feira de Santana (4,4%).
O estudo mostra, tambbém, que 75,1% das mulheres têm entre 25 e 49 anos, 55,3% cursaram até o ensino fundamental completo e 74,5% vivem em situação de extrema pobreza com renda per capita mensal de até R$ 89,00. A maioria (69,6%) declara ter alguma ocupação fora dos lares ou trabalha por conta própria.
PATRIARCALISMO E RACISMO
“Esses dados apresentados corroboram a intersecção entre a dominação patriarcal, o racismo estrutural e a desigualdade social. São fatores constitutivos dessa vulnerabilidade, desse tipo de arranjo familiar. Acredito muito na ciência para subsidiar as políticas públicas e apontar perspectivas de mudarmos realidades tão adversas”, disse a titular da SPM, Julieta Palmeira.
Para a superintendente da SEI, Jorgete Costa, “a formulação de políticas públicas a partir de dados, de estudos consolidados nos permite ter um conhecimento mais sólido e consequentemente mais eficiência nas ações. É uma satisfação imensa quando a gente alcança esse resultado”.
Com informações do Bahia Notícias
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