O debate na TV Cultura, neste domingo (15), entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo teve um episódio lamentável, após uma provocação de Pablo Marçal (PRTB) a José Luiz Datena (PSDB). A gota d’água para o apresentador dar uma “cadeirada” em Marçal foi este resgatar um fato de 2019: uma acusação sobre assédio sexual que, segundo Datena, foi arquivada e a pessoa teve que fazer declaração pública se retratando. Por causa disso, de acordo com Datena, sua sogra teve dois AVCs e morreu.
Marçal, também, havia dito que Datena tinha que acabar com a palhaçada de sempre concorrer e desistir de disputar cargos políticos e que o tucano não era homem de lhe dar um tapa [como teria dito em outra ocasião]. Foi o bastante para a agressão. Por isso, Datena foi expulso do debate. Nada justifica agressão, especialmente em um debate sobre propostas para uma cidade.
Depois, um vídeo desmascara a farsa de Pablo Marçal em seu perfil no Instagram. Primeiro, a cadeirada pega no braço e ombro de Marçal. Ele fica no local se movimentando e tentando provocar Datena, tudo normalmente. No outro dia, a informação é que ele quebrou duas costelas. Nas redes sociais de Marçal, se vê recortes do episódio e de momentos depois, como na ambulância recebendo oxigênio. São imagens e uma frases simples, tentando passar apenas a sua versão, sem o contexto do fato. Além disso, imagens dos episódios com Donald Trump e a facada em Bolsonaro.
Na imagem dentro do hospital, é possível ver que Marçal usa uma pulseira verde, colocada após passar pela triagem. Ela indica que sua situação não é urgente [as cores são amarelo, laranja e vermelho, respectivamente]. Horas depois de internautas apontarem a cor da pulseira, o candidato apagou o vídeo em questão, evidenciando que seu objetivo era, de fato, omitir que sua situação não é grave. Lamentável fato que em nada contribui para melhorar a política.
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