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Reajustes salariais ajudam economia, mas ficaram abaixo do INPC

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Dados do boletim mensal da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Salariômetro-Mercado de Trabalho e Negociações Coletivas, revelaram que o reajuste médio dos salários nas negociações em setembro ficou 1,9 ponto percentual abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses, que foi de 10,4%.

Trata-se da maior perda dos últimos 12 meses. Segundo o boletim, divulgado nesta sexta (22), em São Paulo, somente 9,5% das negociações resultaram em ganhos reais, acima do INPC. Reajustes abaixo do INPC ficaram de 67%, enquanto as que conseguiram aumentos iguais ao índice somam 23,5%.

O setor de comércio atacadista e varejista realizou 26 negociações e não obteve sucesso em nenhuma delas. Indústrias de alimentos tiveram 13 negociações com reajuste mediano real de -0,9%. Entre as organizações não governamentais também houve 13 negociações sem avanços nos salários.

Estados onde o êxito foi maior são dois: Amapá (1,7% de sucesso na única negociação ocorrida) e Minas Gerais (1,1% entre três negociações).

RESUMO DA ÓPERA – No Brasil, o consumo das famílias é o grande motor da economia, representando 65% na composição do PIB, segundo o IBGE. De acordo com o instituto, o que se passa na economia é extremamente relacionado ao desempenho do consumo das famílias. Salários também ajudam o mercado interno, pois a grande massa de assalariados retorna seus rendimentos para compras no próprio país. É nos momentos de crise internacional que ele joga papel no crescimento, estimulando o aumento do PIB e a geração de empregos. O empresariado brasileiro mostra miopia ao pensar que não deve melhorar salários porque é mais custo. Na verdade, só ajudam as empresas.

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